Re: Hotel Cortez

por Romantista-mor Sex Jun 17, 2016 10:05 pm

- Acalme-se, nós precisamos sair daqui. - disse e envolveu-a com um dos braços, enquanto com a outra mão manuseou a alavanca que movia a cadeira elétrica.

Nesse momento, uma luz atingiu seus olhos. Ele fechou-os por reflexo e, ao abrir, percebeu serem as luzes do elevador. Estranho. Olhou ao redor e viu as pessoas olhando-o com estraneza. O Romantista suava frio, a mão tremia e a brosa do ar condicionado, ao atingi-lo, causava uma friagem leve.

- Hehe... - expressou, com os olhos levemente arregalados. - Oras, b-boa noite- disse em voz alta e foi até o recepcionista. - U-um quarto, por favor! - disse, sem conseguir esconder o nervosismo.

por Master Scar Sex Jun 17, 2016 11:31 pm

___Não devia teimar com ela, sua cadeira emperrou, não foi?

O homem continuava o assunto como se estivesse observando o velho desde o início. Suas feições eram amigáveis, embora intrigantes. Os estranhos tomavam seu rumo, uns entravam, outros saíam. Aquele hotel não era tão amedrontador quanto aparentou ser tantos segundos atrás. O recepcionista tinha um estilo excêntrico, usava um lenço na cabeça, atravessando-o quase como uma tiara.

___O senhor está mesmo bem? parece nervoso. Aconteceu algo?

A frase era de alguém que estava preocupado, a expressão entretanto de alguém que se divertia. Não prolongou o assunto, puxou os papéis de cadastro e os apoiou sobre a mesa do balcão. ___Preciso que preencha estas informações por favor. Ele era mais quieto, esse era o perigo. O homem virava-se para as chaves e puxava uma do sexto andar, a chave de número 66 e a depositava ao lado dos papéis. Aguardando a resposta do senhor.

por Romantista-mor Sex Jun 17, 2016 11:39 pm

- Ela... Ela quem? - perguntou o Romantista, tentando deixar o assunto de lado. - Eu estou bem, a idade só está me atingindo. Apenas isso.

Fechou os olhos e deixou um suspiro escalar, na tentativa de o ar que saia dos pulmões levasse também os pensamentos ruins acerca do que acabara de acontecer.

Aquilo foi real demais para ser fantasia.

Nunca havia acontecido. Esta enlouquecend? Ou as pistas o mandavam para lá por um motivo?

Pegou o papel de registro e assinou como "Devan Smith". Colocou outras imformações falsas, que ele conseguiria encobrir com os documentos igualmente falsos.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 1:20 am

___Oras, ela? Não? Sua cadeira senhor. Ou está se referindo a alguém mais? hm?

O tom do recepcionista era irônico, este recolhia os papéis do cadastro e os colocava dentro de uma gaveta de arquivo, atrás do balcão. Era um armário embutido, tudo para facilitar e maximizar o espaço daquela recepção.

____Senhor Devan, posso chamá-lo assim certo?

A ironia continuava em sua voz e estampada em sua face. Ele não era bobo, entendia exatamente o que o senhor estava a entregar-lhe naqueles papéis. O moço pegou a chave e entregou na mão do cadeirante, fez questão de sair do balcão para entregá-lo pessoalmente. Seria esta uma chave especial?

___Basta seguir para o hall dos elevadores, onde estava anteriormente. É no sexto andar. Tome cuidado com os corredores, não queremos que sua cadeira emperre outra vez, certo?

por Romantista-mor Sáb Jun 18, 2016 1:29 am

Sentiu uma tontura subita atingir-lhe, de forma a ficar com a visão turva por breves segundos. Viu a imagem do recepcionista se dividir em aneis e logo se juntar de novo.

Aquilo que ele dizia mexia com o Romantista. O que estava acontecendo? Qual era o jogo dele? O que ele sabia com aquela expressão? O Romantista nãobtinga muito tempo pra pensar. Agradeceu com um aceno e pegou a chaves. As palavras não saíam de seus lábios. Engoliu o seco da garganta e seguiu para o elevador, indo até o sexto andar. Verificou a mala enquanto subia.

O que diabos estava acontecendo?

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 1:51 am

Logo a figura do recepcionista lhe era distante. Entretanto uma outra familiar lhe aparecia antes das portas do elevador se fecharem, a garota se "escondia" atrás do balcão. E uma leve brisa lhe remexia as madeixas quando chegou no andar específico. As mesmas características se repetiam quase como um loop, as luzes piscavam em certos pontos, o corredor estava escuro. A porta da escada de incêndio batia com a ventania vinda daquele vão. Nada para se assustar, embora que a temperatura ali fosse inferior aos demais andares. O termômetro no canto da parede afirmava isso, estava marcando 19ºC. O ar condicionado? se observasse bem, não iria identificar quaisquer entradas de ventilação. O corredor não possuía janelas. O quarto 66 ficava ao final, um tapete de bem vindo no chão da porta. Infelizmente a maçaneta tinha um aviso de "ocupado" pendurado. O que o homem cadeirante faria agora?

por **Admin** Sáb Jun 18, 2016 1:57 am

Igron era um homem misterioso, poucas palavras podiam ser ouvidas vindas dele, porém ao receber aquele coração percebendo que havia uma mancha negra, a mancha que um coração recebe ao estar aterrorizado, deixou escapar um sorriso, ao mesmo segundo que recebeu, levou o coração até os lábios e assim o devorou na frente de Astarte. - Pode se retirar - Dizia enquanto engolia os pedaços de coração, percebendo o sangue vermelho tão escuro que chegava a ser preto em seus lábios, retirou um pano branco de seu bolso, limpando o canto de sangue que estava escorrendo.

por Romantista-mor Sáb Jun 18, 2016 1:58 am

Estático. Não conseguiu reagir diante daquilo. O vento era forte vindo de lugar nenhum. O frio parecia ter vindo do inferno, diferente do que muitos pensam. Mas naquele momento, inferno parecia ser um lugar melhor para se estar.

Enquanto o Romantista passou a ir lentamente na direção da porta, cochichou baixinho para si mesmo uma série de orações, de diversas religiões diferentes. A porta parecia distante e ele fez de tudo para deixar o nervosismo: pediu auxilio para Buda, proteção para Jeová e prometeu que pularia a fogueira de São João caso tudo desse certo.

Ao se aproximar da porta de numero 66, pegou a chave com firmeza. A mão tremia que era o diabo. Teve de usar a outra mão livre para se afirmar e conseguir colocar a chave na fechadura. Girou-a e abriu a porta.

Seja o que o destino quiser.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 2:09 am

Surpreendentemente não havia nada de estranho dentro do quarto. Por não ter específicado o tipo de quarto que desejava, o padrão dos hotéis é entregar um quarto de solteiro quando vêem uma única pessoa a pedi-lo, e foi o ocorrido. Havia uma cama apenas, cortinas longas e finas, eram brancas. A claridade ali dentro era boa, o ambiente estava diferente do lado de dentro, parecia amigável. Como se tudo aquilo antes fosse um pesadelo. O velho podia respirar e se acalmar. A porta para o banheiro estava aberta. Havia uma TV, um telefone, duas cômodas ao lado da cama, uma poltrona com uma mesa ao lado. Era 'aconchegante'. A cama possuía gavetas em suas laterais. Estava tudo acabado, todo o terror se foi.

Toc, Toc, Toc. Batidas na Porta.

por Astarte Drummond Sáb Jun 18, 2016 3:03 am

- Tudo feito, depois eu volto para te dar mais notícias. Vou apenas ir para o meu antigo quarto e já estou saindo daqui, qualquer coisa venho falar contigo Igron.

A garota se dirigia ao seu quarto já que a chave ainda estava com ela, abrindo a porta e depois a trancando. Deixando a chave em seu cinto se dirigia para a cama para ter uma comunicação rápida com sua deusa.

- Lá vamos nós.

Astarte adormecia de forma rápida para ter um papo rápido com sua deusa.

por Romantista-mor Sáb Jun 18, 2016 10:39 am

O quarto era normal. Normal. E aquilo era incrivelmente surpreendente naquele momento. Nunca pensou que a normalidade pudesse ser algo realmente encantador, chamativo, mas acabou por se encontrar com alguns personagens de suas histórias nesse momento: aqueles que deixam sua "normalidade" para viver em um mundo completamente diferente e, depois, o "normal" os aborda de novo como algo completamente diferente. Bilbo Bolseiro. Kvothe, o Sem-Sangue. Arthur Dent.

Vasculhou todo o local com certa minuciosidade. Tirou a roupa de cama, abriu as gavetas e olhou pela janela. Quando ouviu as batidas na porta, estava prestes a entrar no banheiro. Sem voltar sua atenção para ela, gritou:

- Quem é? - a voz um tanto trêmula. Continuou entrando aos poucos no banheiro, olhando para todos os lados.

por Meredith Sivan Sáb Jun 18, 2016 1:12 pm

Aquele andar fazia com que calafrios corressem a espinha de Meredith. Era como estar num dos próprios pesadelos, só que acordada, e por esse motivo, o coração da garota batia tão forte e rápido que duvidava se Sparda não conseguiria ouvir. Respirou fundo, agarrando-se mais ao braço do moreno, sentindo aquela comichão característica de quando sentia medo, e dessa vez, Meredith estava realmente sentindo medo. Travou ao entrar no quarto, a mão se escorando na parede, sem dificuldade em enxergar. Como saía muito durante a noite, os olhos da garota já haviam se acostumado razoavelmente a escuridão. Suspirou profundamente, encarando o rapaz.

— Não acho que tenha alguma por perto, não vi no caminho. — falou com calma, o sotaque aumentando gradualmente enquanto parava de fingir — E está tão escuro que tenho medo de escorregar. — falou apontando discretamente com os olhos para os arranhões no chão.

Respirou profundamente, deixando que todo o ar no pulmão fosse embora, fechando os olhos e voltando a expressão indiferente de sempre. Não estava acostumada a demonstrar tanto o que sentia, mas aquele dia e hotel estavam mexendo com a moça de um jeito que a deixava desconfortável. Esfregou o rosto.

— Achei... Um local adorável, apesar do quarto ser escuro, é agradável. — falou calmamente, olhando-o nos olhos e respondendo-o que estava tão desconfiada quanto o próprio.

por Void Sáb Jun 18, 2016 3:03 pm

*Sentia que ela o apertava o braço e não era para quebra-lo ou feri-lo, o que era estranho. Atticus desceu seu olhar para a menor que por mais sutil que fosse, estava abalada e demonstrava isso de certa forma, é, realmente, aquele lugar trazia certas lembranças perturbadoras e pelo visto não é só para ele*

-Então eu vou refazer nosso caminho e procurar pela lavanderia, bem, normalmente o padrão é elas estarem nos andares abaixo, então irei descer, vai ficar bem aqui sozinha? -Ela gostava do escuro então a pergunta não faria sentido, mas assumindo que o lugar era um tanto quanto hostil, agora sim perguntar não era algo banal.

-E não se preocupe, vai ficar tudo bem, como sempre ficou. -A afagou o topo da cabeça com o palmo livre tentando tranquiliza-la um pouco, por mais minima que essa calma fosse, para depois então acertar o indicador suavemente na testa dela, um habito tinha.

-Certo? -Mantinha aquele sorriso morno de sempre junto a expressão de mesmo valor e olhos fechados, realmente era uma pessoa calma e bondosa, ao menos, na maior parte do tempo.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 4:56 pm

SPARDA E MEREDITH

O serviço de quarto não era ruim. Manutenções ocorriam com períodos fixos nos quartos, justamente para proporcionar aos hóspedes uma estadia agradável. O motivo da falha, e do ranger no chão era outro. Não tinha relação alguma a má qualidade do hotel, este por outro lado, era bem aparentável e tinha uma boa reputação. Ninguém havia reclamado de defeitos até então. De qualquer modo, se precisassem, poderiam ligar para o recepcionista de plantão. Sparda e Meredith eram espertos, falar em códigos certamente lhes traria vantagens, já que agora o casal possuía um vizinho e sabe-se lá o que ele poderia aprontar. Os dois ouviram também um barulho na porta assim que entraram de vez no quarto e a fecharam. Toc, Toc, Toc. Três batidas em específico, porém não parecia ser para eles e sim do quarto ao lado. Para suas sorte, a luz do quarto acendeu e revelou a beleza que aquele quarto possuía, era todo decorado em tons de vermelho, perfeito para um casal. O problema é que seu teto tinha um desenho um tanto estranho, uma espécie de mosaico arcaico, provavelmente de alguma religião ou culto. O quarto não estava mais com aquele clima assustador. Eles podiam relaxar por hora. Podiam mesmo? O telefone tocou três vezes e parou. Não havia identificador de chamadas. Seria seguro trancar a porta? seria seguro deixá-la sozinha agora?

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 5:02 pm

ROMANTISTA-MOR

O homem tinha sorte, ao vasculhar uma das gavetas achou uma chave pequena. Tinha o design antigo, era bonito, porém estava enferrujada. Não parecia ser de nenhuma daquelas portas, talvez de um diário? O banheiro era totalmente branco, possuía um espelho redondo em cima da pia, que era simples. Uma estante na lateral com uma gaveta na última prateleira. O chuveiro ficava dentro do box de vidro, ou seja, era possível ver tudo dentro ou fora dali. Seria difícil passar com a cadeira ali. Havia ainda uma pequena entrada de ar bem próximo ao teto, estava também gradeada. Por que tantas grades no andar? por precaução? certamente era o primeiro pensamento a se ter. Entretanto, até mesmo naquela pequena janela? ninguém conseguiria atravessá-la. Nenhuma voz respondeu, ainda assim as batidas se repetiram mais três vezes.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 5:29 pm

ASTARTE

A garota pegava no sono rapidamente, parecia cansada. Ou simplesmente conseguiu adormecer de tal forma que sequer percebeu as mudanças que ali ocorriam. O quarto estava um pouco mais frio, o silêncio era quebrado apenas pelo som de sua pesada respiração. Por algum motivo a jovem estava ofegante, aos poucos tinha dificuldade para inspirar o ar e soltá-lo. Ainda assim, não acordou, não se mexeu, permaneceu imóvel na cama. Devia estar tendo um sonho realmente bom. Em seu sono a jovem encontrava-se sentada em uma poltrona no saguão do hotel, ele estava vazio. Ainda assim defronte para um espelho que ocupada quase toda parede. Suas bordas eram emolduradas com rubis, o tamanho das pedras era irregular, algumas pequenas, médias, grandes, a preciosidade das pedras era tanta que brilhavam até mesmo com a pouca claridade que iluminava o local. A jovem tinha o olhar fixo no espelho, porém não via seu reflexo. Não virava a cabeça para os lados, não se mexia, estava ela com medo? Não, não estaria. O espelho começou a se "mover", igualmente como quando uma gota é despejada em um recipiente líquido, como se algo estivesse sendo direcionado para o espelho. E estava, o "quê" porém a resposta fica a desejar. Astarte estava hipnotizada pela visão que tinha. Uma elegante e bela mulher aparecia na forma de seu reflexo, aos seus pés dois lobos deitados ao chão, a pelugem deles era demasiadamente bela, eram brancos. As madeixas da deusa eram negras e seu rosto era delicado. Ela nada dizia, apenas encarava-a de volta e então as crias se levantaram e sentaram-se cada uma em um lado. Os olhos deles também eram como rubis, vermelho intenso.

- Astarte, você me alegrou com seus atos. Conseguiu alcançar-me.

por Astarte Drummond Sáb Jun 18, 2016 5:36 pm

A garota surpresa pelo local acabava percebendo que tinha que falar com sua deusa rápido, fechava as mãos enquanto não tirava os olhos da deusa parecendo que nem piscava.

- Sinto que isso ainda não é o suficiente para agradar você, minha maravilhosa deusa. Eu gostaria de receber mais uma missão, algo para te agradar e que me faça ficar mais forte do que já estou.
Eu te pediria novas habilidades mas para isso eu tenho que provar mais o meu valor não é? E por isso peço uma nova missão.

Astarte ficava feliz ao ver que sua deusa gostou de seus resultados, permanecia sorrindo enquanto observava a sua deusa.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 6:20 pm

Circe intimidava apenas com o olhar, entretanto seu "súdito" era fiel e estava disposto a lhe servir melhor, ela conseguia sentir o desejo em seu coração. Ambas as mãos iam de encontro aos lobos, acariciando-os com ternura.

- Gosta deles? são belos, não?

- Um macho e uma fêmea.

- É preciso estar em casal, para que procriem e me deem mais lobos. Todavia...

- Não se atraem, não conseguem sentir amor mútuo, parecem ter a consciência sobre-humana.

- E quanto a sua pessoa Astarte, que consciência possui?

A deusa erguia a face e encarava a morena, não podia atravessar o espelho porque não estava forte o suficiente, dependia daquela humana para lhe trazer oferendas e cultuá-la, deveria lhe dar em resposta sua gratidão pelas ofertas. E assim o faria, mas não estava na hora ainda.

- Gostaria de acariciá-los? sentir em sua pele o quão macio são?

- Ainda que criaturas ferozes, não aparentam transpor todo este medo, não é verdade?

por Astarte Drummond Sáb Jun 18, 2016 6:39 pm

- Ela é engraçada, eu vivo pelo poder e conquista.

Astarte botava sua mão sobre o espelho para se conectar entre paredes com sua deusa.

- Vou apenas obedecer a ti, eu sempre fui malcriada e não obedecia a ninguém, exceto você é claro pois jamais te desobedeceria. Eu almejo uma missão que me deixa mais poderosa do que já estou, eu quero ficar tão poderosa ao ponto de deixar o mundo em SUAS mãos.
É claro que vai levar tempo mas eu me esforçarei para tudo isso acontecer, eu deixei os inocentes morrendo de medo, eu posso receber algum tipo de presente minha grande mulher?

O sorriso da garota demostrava malicia, estava mostrando para sua deusa que almejava o poder absoluto para deixa-la satisfeita completamente.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 6:54 pm

Cessou as carícias nos lobos e arrumou a postura na cadeira. Suas orbes voltaram-se para a jovem.

- Engraçada? Por qual motivo acharia graça?

- Me deixaste intrigada.

Circe sentia uma certa afinidade com aquela humana, também achava graça de quando transformava os homens em criaturas, principalmente os quais desejava vingança. Aqueles lobos eram humanos transformados? sim. E por este motivo os mantinha perto, para servi-la. É claro que já não tinham nada mais de humanos ali, ainda assim lhe eram úteis; o reflexo da deusa mexia-se igualmente ao de Astarte outra vez, a mesma mão era posta sobre a superfície do espelho pelo outro lado.

- Seus desejos muito me agradam.

- Se realmente provardes sua fé a mim, tenha certeza que a recompensarei corretamente minha serva.

- Eis que no cair da noite, a lua se torna tão bela e tão iluminada, que desejei tê-la para mim, até tomá-la.

- Herdaste um de meus métodos e fico agraciada por isto, é o suficiente para que possa lhe retribuir.

- Vão, deixem-me e tragam-me uma nova oferenda. Desejo saber até onde irá por mim.

Os lobos atravessavam o espelho, porém ao realizarem esta passagem nada mais eram do que duas rosas vermelhas caídas no chão, não tinham espinhos, porém seus caules eram longos e afiados. Estavam estiradas ao chão.

- Estas rosas, eu preciso de um novo casal para seguir-me, almas humanas precisam pagar pelos seus pecados, não acha? Deveis entregá-las aos que estão apaixonados, preciso de crias que procriem entre si, afinal...estou sozinha demais deste lado e em meu castelo possuía tantos deles. Pode trazer-me estas companhias? Achas ser capaz disto? As rosas não irão murchar e não irão afetar ninguém que não tenha um amor intenso em seu coração. Quando os encontrar, deveis entregar-lhe as rosas e serão enfeitiçados, deverás guiá-los após isso, até o meu espelho.

por Astarte Drummond Sáb Jun 18, 2016 7:10 pm

- Sua ordem vai ser cumprida totalmente.

Astarte fechava os olhos em seu sonho para despertar, assim despertando no quarto que estava.

- Bem... Vamos lá.

Pegando seus itens e botando sua Katana nas costas enquanto a cobria com uma blusa no armário, ela já estava pronta para ir, logo assim saindo do hotel. Enquanto carregava a rosa, é claro.

- Um casal...

MDT -BRIGHT CITY

por Meredith Sivan Sáb Jun 18, 2016 8:30 pm

Esfregou a testa levemente, rosnando para o rapaz e assentindo, dando um arquejo de susto quando a luz se acendeu, mas logo deixando com que o corpo relaxasse brevemente, sentando-se na cama e tirando a coroa de flores, deixando que os cortes nas têmporas pudessem finalmente respirar. Esfregou o rosto comas mãos, tremendo suavemente.

— Pode ir, querido. — falou calmamente, jogando o corpo para trás e deitando na cama, encarando o teto peculiar de forma curiosa; — Eu preciso de um computador.

por Void Sáb Jun 18, 2016 8:53 pm

*Realmente não sou boa ideia toca-la, ou talvez tenha sido, bem, ele não sabia o que ela sentia ali dentro e sim somente o que ela demonstrava por favor, e de qualquer forma ele tinha que sair, mesmo que o quarto ja desse sinais de não ser um ambiente seguro*

-Irei providenciar isso também, minha rainha. -Acenou para ela com o palmo ao qual trajava uma luva peculiar, para depois sair do quatro e olhar para o lado seguindo o som daquelas benditas batidas, afinal, queria saber quem é que estava batendo, mesmo sendo algo do vizinho.

por Master Scar Sáb Jun 18, 2016 9:16 pm

MEREDITH E SPARDA

Havia uma mulher na porta ao lado, estava uniformizada. Entretanto sua pele era tão pálida, sua boca estava seca. Olheiras bem chamativas abaixo dos olhos, os cabelos presos em um rabo de cavalo. Era uma funcionária do hotel, não era de idade. Estava apenas com a aparência muito cansada. Sparda encontrou-se com ela ao sair do quarto.

- Seja bem vindo senhor. Sabe se há alguém neste quarto? está com a placa de ocupado, porém ninguém atende.

Sim, os barulhos de dentro do quarto estavam inaudíveis. E ela receava invadir a privacidade do hóspede que estaria o ocupando, se houvesse.

Meredith por outro lado, permanecia serena no quarto. O chuveiro começara a gotejar, não era irritante a princípio, seria posteriormente?

por Romantista-mor Sáb Jun 18, 2016 9:24 pm

Roman analisou a chave com cuidado e guardou no bolso do casaco, um bolso pequeno acima do peito. Fechou-o com o zíper e em seguida com o botão, preso em uma pequena língua de tecido. O peso da chave não era difícil de notar, de forma que se ele poderia perceber caso ela não estivesse mais ali.

Ficou feliz de não precisar da cadeira para ir ao banheiro. O quarto era fortificado, aparentemente, mas o Romantista não tinha ideia do por quê de existir aquilo. Aquelas grades só impediriam a entrada de ratos, ou nem isso, e muito menos no teto.

Quando a porta bateu mais três vezes, o Romantista franziu o cenho. Aquilo foi estranho. Já não estava mais tremendo tanto: o desespero deu lugar a um sentido apurado de urgência. Ele sentiu fielmente que nada estava certo, e por isso, fechou as cortinas e se levantou da cadeira, caminhando com furtividade até a porta, fazendo o possível para não emitir ruídos. Ainda assim, manteve a cadeira perto de si.

Trancou-a com cuidado para não emitir barulho algum. Após isso, agachou-se próximo dela, olhando pela fechadura para tentar ver algo do outro lado. Se não conseguisse, voltaria para a cadeira e novamente perguntaria quem era, em voz alta.

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