Hotel Cortez

Espere um segundo... Isso está errado...

Medo começou a afundar dentro do seu peito conforme começava a processar aquilo tudo que acontecia, mas, o máximo foi...

Aquilo.
Na cortina.

Ta-Talvez poderia ser alguém vivo?
Mas, alguém vivo? No seu quarto?
Agradeceu que Selene tivesse saído, pelo menos ela não se machucaria. Esticou o braço, respirando fundo e puxou a cortina para ver quem estaria ali.

Suspirou um pouco aliviada quando nada aconteceu, pousando a mão sobre seu peito enquanto procurava se recompor. Seu coração batia absurdamente rápido.

- Honestamente...

Foi quando o telefone tocou e acabou dando um pequeno grito de susto acompanhado de um pulo. Virou-se devagar, quase assombrada.

- O que...

...Ilusões?
Parecia ser a única coisa explicável para não ter visto o telefone e também não ter "nada" ali. Não era uma explicação funcional, e talvez fosse ficar ainda mais aterrorizada se fosse funcional para um ser humano. Verificou as portas, as trancando, inclusive o guarda roupa e foi então até o telefone, o atendendo.

- A-Alo?

- Um paco--... Uhm?

Desligaram?
Suspirou, desligando. Recepção, talvez? Mas, certamente a voz era diferente daquele rapaz de antes. Respirou fundo e quando foi se virar para sair, viu aquele formato na cortina e sentiu um pequeno calafrio.

Não, tinha que ser ilusões, na moral.

Balançou a cabeça.

- Vamos lá, Leah, mantenha-se.

Isso.
Respirou fundo e saiu do quarto, indo para o elevador e apertou para a recepção, assim que chegasse lá, iria procurar o atendente e o tal pacote.
Por que algo lhe dizia que ela era o pacote?

Cara, onde já vi isso?
Se lembrava do nome do filme, vagamente, mas, não conseguia não sorrir em ver duas crianças brincando daquela forma.

Ao chegar no elevador, sentiu-se suavemente desconfortável por conta da presença daquele homem mascarado, mas, imensamente aliviada por ter saído a tempo do quarto antes da invasão.

Teria sido... Salva?
Estava confusa.
Talvez não fosse ilusão, mas talvez aquele hotel tivesse uma "vida"?

Olhou de canto para o homem mascarado, tentou sorrir de leve, mas, se não obtê-se nenhuma reação iria simplesmente aguardar chegar na recepção.

Arregalou os olhos ao ver as unhas e a manopla e seu coração se apertou de medo, pensou em parar o elevador, mas, era tarde demais...

Se recostou na parede, assombrada.
Selene tinha se machucado...
Mas, não tinha nada lá...

Olhou para o homem mascarado e respirou fundo, mas, estranhou quando "chegou" no saguão.

O que havia de errado com aquele lugar?!

Apenas espiou para fora e voltou para dentro. Estava definitivamente assustada... Mas, pelo menos, aquele homem ao seu lado parecia ser no minimo "seguro". Tentou sorrir.

- Uhm... Para onde está indo..?

Soergueu a sobrancelha quando ouviu a voz e inclinou suavemente a cabeça para o lado, para então a máscara ser tirada e literalmente grudar no fundo do elevador.

Precisava tentar raciocinar, e rápido, quer dizer, se ele quisesse a matar, já o teria feito, certo? Olhou para a saída do elevador, mas, se manteve longe dele, em guarda.

- O-O que você está fazendo aqui? Por que veio atrás de mim?

Sua expressão era séria apesar do seu temor.

Ok, ouvir aquilo a fez ficar um pouco mais relaxada e suspirou, mas, ainda mantinha uma relativa suspeita para com aquele homem. Desgrudou da parede do elevador, mas ainda manteve uma pequena distância dele.

- Condenado..?

Aquela energia negativa...

- Ouvi boatos sobre mulheres e jovens desaparecendo depois de virem aqui... Pelas ações de tudo que vi até agora... Me faz lembrar meus jogos de terror, tipo Silent Hill. Mas, você diz condenado pelos deuses ou então fisicamente?

Não tinha por que tentar manter a atitude meiga, ainda mais com aquele homem e na situação que se encontravam. Cruzou os braços, pensativa.

— Deuses? Você é uma devota de quem? — Perguntou enquanto virou o corpo em direção a garota, deixou o sorriso ser trocado por um olhar de duvida, estava realmente curioso com aquilo.

Girou os olhos ao ouvir sobre ser "devota" e virou o rosto, até mesmo parecendo meio emburrada.

- Sabe, é meio irritante falar "devota" como se eu tivesse escolhido. - E deu um sorriso de canto. - E para começar, você tem mais vantagem do que eu aqui por que além de ser "pro" e saber meu nome, eu não sei o seu.

E ergueu uma das sobrancelhas, aguardando a resposta.

Soergueu as sobrancelhas ao ouvir aquelas palavras acerca de Amaterasu. Será que ela o teria mandado ali de proposito? Olhou para o bracelete.

- Então, é isso que isso simboliza? Sou... De Amaterasu também.

Sentiu-se um pouco sem jeito depois daquilo tudo falar isso, e olhou para fora do elevador, confusa sobre o que iria encontrar ali.