Silence Forest

-Acho que já corri o suficiente... E que diabo de lugar é esse? Não tinha tomado esse caminho ainda.

Ao falar isso pegou o celular do bolso com zíper em seu casaco e olhou a hora, o relógio batia 9 horas em ponto, já havia passado da hora que ele deveria comer e catabolismo muscular era a pior coisa que ele poderia conseguir nesse momento de preparação. Parou um pouco pra pensar, mas no fim das contas seguiu até o bonde a fim de chegar até a cidade. Guardou o celular no mesmo bolso.

-Vou aproveitar que estou perto de uma cidade e vou comer algo na rua mesmo, volto pra casa de táxi depois. 

O clima que parecia ainda mais frio o incomodava pouco por enquanto já que seu corpo estava quente, porém ia ser bem ruim depois.

"Faze o que tu queres desde que não faças mal a ninguém"


*O sol se escondia vagarosamente no horizonte, com o céu atingindo um tom alaranjado a medida que o crepúsculo se aproximava e tomava conta de toda a floresta, preparando-se para receber a lua que por estar na fase cheia, iluminaria completamente cada parte do imenso território, com a luz delicada que embora não possuísse o mesmo brilho imponente do sol, era capaz de guiar diversas pessoas pelos caminhos em meio a escuridão, bem como ser o consolo e companhia para muitos que buscavam a quietude e paz existentes somente na noite.
No meio de uma espécie de clareira espaçosa e circular, com o chão coberto por uma relva macia e rodeada por diversas árvores entre elas alguns carvalhos, macieiras e laranjeiras, bem no comecinho da floresta; estava um casarão com um enorme jardim na frente cheio de canteiros de rosas, tulipas e margaridas e duas estátuas de mármore, representando uma deusa e um deus desconhecidos para os que passavam por ali. Eles permaneciam de pé em um tipo de altar com algumas velas de diferentes cores, todas acesas em volta dos dois monumentos. O portão era de ferro pintado de marrom e em uma placa de metal podiam se ler a seguinte frase:
(Orfanato Tempio del Parole) escritas com uma cor vermelha bem chamativa.
A construção tinha colunas e as paredes feitas com pequenos tijolos quadradinhos, formando um mosaico e as janelas mostravam variados desenhos coloridos, se assemelhando a belos vitrais.
Porém o lado de dentro era oculto por pesadas cortinas e as portas de madeira polida naquele momento, ainda estavam fechadas, sem nenhum indício de que seriam abertas nas próximas horas. Apesar do que aparentavam, após se passar meia hora e com a floresta sendo banhada pela luz do luar, uma das portas se escancarava devagarzinho e uma figura usando uma calça jeans justa de cós baixo e uma blusa preta, com mangas de renda e um decote em forma de coração, com um tecido que também era mais colado e enfeitado por desenhos de flores na região da barriga; saía do casarão pisando cuidadosamente com as botas pretas de salto baixo naquela grama macia, como se esperasse que alguém a estivesse observando.
Tratava-se de uma jovem de aproximadamente uns 18 anos, com longos cabelos loiros e olhos azuis bem claros, com uma corrente de prata em volta do pescoço de onde pendia um pingente de cristal, que possuía o formato de uma meia lua. A jovem também tinha na mão um arco e olhava ansiosa para os lados, desconfiada de todo ruído que escutava, até mesmo se era apenas o som do vento brincando com as folhagens das árvores.
Ao ver que não havia sido descoberta, a garota se afastava rapidamente do jardim e puxava uma chave do bolso da calça, abrindo o portão agilmente e ao fechá-lo outra vez, sorriu de um modo como se demonstrasse a felicidade de estar livre.
A moça conhecida como Selene ou Dama da Noite para alguns que a achavam esquisita, ou que conheciam o passado dela, andou lentamente por uma trilha cheia de pequenas pedras, raízes que ela precisava pular as vezes e árvores baixas, com galhos capazes de se enroscarem nos cabelos da mesma se não tomasse cuidado com aquelas pontas afiadas.
No entanto isso não parecia afetá-la, já que ela conhecia o lugar como a palma da mão desde que tinha chegado no orfanato, se dedicara a explorar tudo por lá, preferindo ter lugares onde pudesse ficar sozinha para refletir, meditar e pensar sobre si mesma, o que estava aprendendo e principalmente, a família que deixara para trás e preferia não rever nunca mais.
Suspirava e abaixava por um momento o olhar, fitando uma tatuagem no pulso direito que mostrava um pentagrama, algo que por influência dos parentes, tinha feito mesmo não gostando da sensação de queimação na pele, e lembrando de como o pai a fazia engolir as lágrimas, falando coisas como:
"Uma Noctis jamais demonstra que sente dor!"
"Como pode estar chorando? Você é fraca!"
"Se chora por causa de uma agulha, nunca será a Noctis que eu espero"
Aquelas entre outras coisas ainda permaneciam gravadas na memória da loira, embora com o passar do tempo e conforme ia amadurecendo, já aprendera fingir muito bem na frente de todos, ocultando sua verdadeira personalidade e atuando como eles desejavam. Mas era naquelas horas sozinha que podia deixar a máscara cair, respirar fundo e mostrar o que tanto guardava dentro de si mesma, se permitindo por alguns minutos baixar um pouco as barreiras emocionais que construía em volta dela.*

- Ah.. finalmente;

*As palavras eram proferidas de forma suave, baixa, quando ela chegava perto de um imenso lago e sentava-se em uma pedra branca retangular, cruzando as pernas e olhando o próprio reflexo na água, tentando saber o que fazer para não acabar se tornando como os outros Noctis, e se perguntando o porque não poderiam ser uma família honesta, sem precisar ferir as pessoas para alcançarem o que tanto desejavam, o que Selene considerava superficial e extremamente fútil.
Permaneceu então sentada e imóvel, sem medo de qualquer animal que pudesse surgir da escuridão, deixando os pensamentos vagarem livremente; curtindo a paz que a lua e a noite transmitiam coisa que não tinha muito a partir do momento em que as crianças, os jovens e os mentores do orfanato acordavam.*

*O silêncio era algo que confortava não só a mente conturbada da garota, mas também, o corpo cansado de fazer diversas coisas sem parar para ajudar em tudo que podia no orfanato, tentando retribuir por terem a acolhido sem ligarem para a qual família ela pertencia, apesar de alguns ainda serem contra a estadia da mesma naquela instituição. Alguns a achavam estranha, outros juravam que os Noctis quando descobrissem onde ela estava, iriam acabar com qualquer um que a tivesse apoiado; e outros tinham um certo ciúmes da forma como a diretora a tratava e de como a moça demonstrava ser aplicada em tudo que realizava, aumentando as chances de assumir o controle de tudo quando a mentora fosse escolher um sucessor.
Não desejando pensar nos Noctis novamente, Selene tentou buscar outro pensamento, outra coisa que a deixasse tranquila, sem que o medo que algo acontecesse com aquelas pessoas inocentes por causa dela, a atormentasse como andava ocorrendo ultimamente. Porém percebia algo estranho, como se a água que estivera encarando tão fixamente, agora se ondulasse mesmo que não tivesse nenhum animal por ali e a noite tão calma, que nem a brisa suave que soprava poderia mover a água.
No estado em que se encontrava, acabava por ter um pequeno sobressalto, piscava um tanto confusa, se perguntando se havia imaginado aquilo, ou se se tratava de alguma coisa nadando nas profundezas daquele lago, mas se fosse isso, na certa ela teria visto pelo menos os contornos do animal, já que aquela parte das águas eram um pouco mais claras. Suspirava pensando em retornar ao orfanato, achando que isso devia ser efeito do cansaço, mas de repente, podia ouvir como se fossem pedidos de socorro e se assustava, olhando para os lados buscando a fonte daqueles gritos, se levantando da pedra que estava sentada, murmurando para si mesma.*

- Ai não... será que eles encontraram o orfanato?

*Dava alguns passos para o lado, descendo da pedra querendo voltar pela trilha que tinha usado para chegar até ali, mas aquela ondulação na água ainda a deixava curiosa, embora também se preocupasse com os pedidos de socorro. Andou um pouco mais para perto do lago, contornando a margem, desviando de plantas que cresciam ali em volta e perguntou, mesmo um pouco apreensiva, estando agora nervosa com aqueles gritos, achando que alguém era torturado ou tinha se machucado, devido a agonia que percebia nas palavras.*

- Você ou vocês precisam de ajuda? Apareçam, não vou machucar vocês; o que aconteceu?

*Ela se sentia um pouco tola de estar fazendo aquelas perguntas para o nada, ou de na certa falar sozinha, mas decidira tentar, já que ainda não localizara de onde vinham aqueles pedidos, os gritos de agonia que agora a deixavam mais preocupada, embora mantivesse a cautela, andando pelo local, procurando alguma coisa que a levasse até quem poderia estar gritando.*

*Apesar de não ouvir respostas para as perguntas que fizera, a jovem poderia escutar os gritos, o choro e se preocupando cada vez mais, com o coração parecendo se apertar a cada novo grito que ela escutava, não pensou duas vezes nem mesmo para se perguntar o que na opinião do pai, um verdadeiro Noctis faria.
De fato, se ela fosse ficar ali refletindo sobre aqueles que chamava de familiares, só aumentaria sua confusão mental, ou eles ignorariam os gritos porque não tinham nada com o que quer que estivesse acontecendo; ou ajudariam na certa para conseguir algo em troca no final.
Mas Selene pela primeira vez em muito tempo, decidiu seguir o que ela achava certo, estando livre para tomar sua própria decisão, ela resolveu ir atrás de onde vinham os pedidos de socorro, não por esperar uma recompensa mas sim, porque queria ajudar, descobrir quem corria perigo ou quem provavelmente havia sido ferido. Por outro lado, além da vontade de colaborar com alguma coisa, salvar ou ajudar, também tinha dentro dela, o medo de serem os próprios Noctis que talvez estivessem torturando alguém, como meio de encontrá-la.
Suspirava já sabendo que agora, ela mesma se colocaria em perigo, conhecendo bem a floresta embora permanecesse na maioria das vezes no orfanato, durante a noite era quando explorava o máximo que conseguia, pelo menos já tendo uma percepção do território perigoso em que vivia agora.*

- Mas isso é mais importante não é?

*Murmurava para ela mesma, enquanto os passos apressados ecoavam pelo lugar, a medida que pisava em alguma folha seca, ou tropeçava em uma raíz, entrando mais e mais no meio da névoa, indo na direção dos gritos, deixando de lado o medo que ela sabia que viria depois, mas no momento, estava empenhada em chegar até quem quer que fosse que estivesse precisando de ajuda. Arriscando mais uma vez, ela falava mais alto, olhando cautelosamente o caminho, mantendo a guarda sempre alta para qualquer obstáculo ou desafio que surgisse, ao mesmo tempo, procurando achar o responsável por aquele choro e seguindo cada vez mais para o norte, apertando com força o arco que ainda segurava, podendo ouvir as batidas fortes do próprio coração a medida que se embrenhava mais e mais na floresta.*

- Onde você está? Eu posso te ajudar!

O rapaz andou sem se importar com quem quer que o estivesse ohando antes de se esgueirar pela floresta.

Não conseguia enxergar direito ali, mas sabia que ele não precisaria procurar muito até ser encontrado.

Ele continuou andando floresta adentro sem se preocupar demais com onde pisava.

Chegando mais fundo na floresta,  ele resolveu subir numa árvore,  e sentar num galho baixo, tentando conseguir melhor visão para achar os lobos.

Ele pegou o arco e uma flecha e esperou.

Kaleb ouvia gritos de agonia vindo de perto de si, talvez não ligasse pois deu mais atenção aos passos que ouvia, caçava algo, almejava algo, aquele lobo iria lhe trazer uma recompensa e agradar o deus a quem servia e por isso precisava daquilo.

*A medida em que entrava mais e mais na floresta, a jovem podia reparar que os gritos aumentavam o que lhe dava ainda mais incentivo para continuar naquela direção, não se importando com o que encontraria no final da trilha que seguia.
Olhava para os lados as vezes, com medo de estar sendo vigiada ou procurando perigos que pudessem estar ocultos nas sombras, atrás de cada árvores ou debaixo das pedras, sabendo que eram lugares preferidos para cobras se esconderem, o que a deixava mais aliviada por estar usando botas naquele momento.
Finalmente localizava de onde vinham os gritos, correndo até o homem ferido perto daquela árvore, se abaixando e não ligando se era um estranho ou não, dizia enquanto já examinava aquela fratura terrível, compreendendo o motivo dele estar com tanta dor e pedindo socorro.*

- Oh! Pelos deuses! Calma.. er.. vou tentar te ajudar;

*Olhava para o ferimento do homem, pensando na melhor maneira de ajudar para que pudesse depois conseguir algum socorro, talvez até mesmo no próprio orfanato, claro... depois de encontrar o caminho de volta.
Porém algo a mais chamou a atenção dela, e erguendo a cabeça pôde ver outro rapaz, mas dessa vez sentado em um dos galhos de uma árvore, também segurando um arco como ela; falou então em voz alta, para tentar atrair a atenção do outro homem, se perguntando o porque ele não tinha ajudado o moço que estava ferido.*

- Ei! Meu nome é Selene, você poderia me ajudar a cuidar dele?

*Perguntou não tendo certeza de que o outro concordaria em ajudar dois estranhos, mas se preocupando mais com aquela fratura do desconhecido do que com qualquer outra coisa.
Abaixando a mão direita, ela ela mexia no bolso da calça, retirando de lá a chave do portão do orfanato, mas também um pequeno frasquinho com água que pegara da bolsa antes de sair, se xingando mentalmente por não ter trazido a bolsa inteira junto com ela, iria ajudar muito naquele momento. Mas não era hora de se lamentar, lembrando que a mentora dizia, para ter um pouco de água perto sempre que precisasse ir muito longe ou fazer alguma coisa para um ritual. Pegava a chave, puxando um pouco do tecido da blusa que usava, na região da barriga e forçando a chave contra a roupa, tentando rasgar pelo menos um pouco, assim já facilitaria o trabalho. Por sorte, usava uma das blusas de tecido fino que a diretora lhe dera, conseguindo fazer um pequeno furo na blusa.
Sorrindo puxava o pano com força, aumentando ainda mais aquele dano, e por fim rasgava a peça de roupa, corando um pouco por estar na presença de dois homens, mas deixando a timidez de lado.
Quando finalmente conseguia rasgar um pedaço da blusa, virava o conteúdo do frasquinho para molhar o tecido e dizia calmamente, se referindo agora ao homem machucado.*

- Desculpe por isso, vai doer; mas é melhor prevenir, do que deixar a fratura assim;

*Suspirava e limpava o local do ferimento, tomando cuidado com a fratura exposta e tentando ser o mais gentil possível, conhecendo um pouco de primeiros socorros já que sempre ajudava as crianças do orfanato, embora nunca tivesse cuidado de um ferimento tão grave quanto aquele. Mas sabia que para a maioria de ferimentos, era sempre bom limpar a região de alguma forma, lamentava não ter mais água ali, mas por hora era o que podia fazer.
Mais uma vez, rasgava algumas partes da blusa e tornava a falar, sentindo o frio da floresta na parte exposta da barriga e das costas.*

- Agora, respira fundo tudo bem? Vou tentar cobrir o ferimento;

*Cuidadosamente, cobria o local ferido com o tecido que improvisara, tentando fazer um tipo de imobilização com o pouco pano que tinha, mas julgando ser melhor do que deixar o homem com aquela fratura exposta, correndo risco de pegar infecções ou pior.*

Ao ouvir os gritos, o palhaço,  com o capuz na cabeça,  virou se para a dupla ali embaixo. Ele puxou um pouco a flecha quando viu a moça se aproximar do homem no chão,  mas relaxou quando ela perguntou se ele podia tentar ajudar.

O problema (para eles, para ele isso lhe servia) é que provavelmente o sangue do homem iria atrair as feras da floresta,  se possível,  os lobos que ele queria. Nisso Kaleb pegou mais uma flecha e ajeitou junto da primeira, armando duas flechas no arco. Talvez não acertasse mas, tiros de fé eram o que o faziam acertar o alvo.

-Aqui tem animais selvagens. ... Cuide deles e eu cuido da retaguarda de vocês.

Ele se aprontou no galho, atento ao redor para atirar assim que identificasse uma fera.

Se as feras aparecessem, soltaria as duas flechas de uma vez só, 

Acertos : 2 x  1D20
Danos : 2x  1D15 + 10

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#1 'D20' : 15, 8

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#2 'D15' : 6, 14

Kaleb após matar o primeiro lobo passou rapidamente os olhos tentando contar quantos eram. Eram muitos. No ponto que ele estava, ele não ligava nem tinha medo deles mas...

Aquelas duas pessoas lá embaixo... ele não tinha como matar todos os lobos antes que eles fizessem mais dano , e eles iriam preferir a presa fácil mesmo que tentasse chamar lhe a atenção. E todo estavam avançando no homem. 

E aquilo seria uma morte dolorosa. Ele se lembrou das palavras da odiosa mulher, murmurando para si mesmo. 

-É. .. Eu posso não conseguir salvar todos... Mas posso evitar que você morra sofrendo. 

Enquanto o lobo de baixo ainda não subia, ele tinha tempo para um tiro certeiro.

Ele pegou uma das flechas, mirou, e acertou direto no coração do homem para matá-lo o mais rápido possível.

-Descanse na paz de Deus,  homem...

E então sacou outra flecha. Esta mirava na na direção do lobo mais perto da moça.  E ele atirou novamente. 

-CORRA, MULHER, EU NÃO TENHO FLECHAS PARA TODOS ESSES LOBOS!! EU ME VIRO!!

Nisso ele pulou da árvore,  caindo bem no meio dos lobos, para que a atenção dos mesmos não fosse na guria. 

No entanto. ... Suas presas eram os lobos, e não ia sair dali sem a cabeça de um deles. Ele estava sorrindo e sua aura assassina era intensa o suficiente pra assustar tanto a moça quanto os lobos.

-VENHAM A MIM, DESGRAÇADOS, A CABEÇA DE UM DE VOCÊS VAI SER MINHA!!

Acertos : 2 x 1d20
Dano : 2x 1d15 + 4 + 6

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#1 'D20' : 18, 16

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#2 'D15' : 12, 13

*A jovem puxava outra tira da blusa, a rasgando novamente e tentando imobilizar o melhor que conseguia a perna ferida do homem, podendo ouvir passos pesados se aproximando, suspirando preocupada, sabendo que provavelmente devia ser algum animal, pela forma como pisava nas folhas secas do chão.
Seus temores se tornavam reais quando ela via que se tratava não só de um, mas de vários lobos, e tentou continuar o mais rápido que podia a ajudar o homem, porém teve as mãos seguradas, arregalando os olhos surpresa ao ouvir o pedido, murmurando*

- Não, nunca! Eu não mataria...

*A frase se interrompeu quando ela foi empurrada inesperadamente por aquele homem machucado e desconhecido, mas que já se preocupava em salvá-la, da mesma forma como ela tentara ajudá-lo, soltando uma exclamação desesperada quando via o pobre homem ser atacado pelos lobos.*

- Não!

*No entanto, não tinha tempo de tentar fazer nada, já que começava a ser perseguida por um dos lobos, olhando para trás vendo as flechas lançadas pelo outro rapaz, e que uma delas acertava um lobo mas que ainda haviam muitos, incluindo o que estava indo atrás da mesma.
Corria vendo mais uma vez o jovem atirar mais flechas e ficando surpresa quando ele saltava no meio dos animais, percebendo aquela aura assassina que ele irradiava mas estando mais preocupada com a atitude do mesmo do que com qualquer outra coisa.
Buscava uma forma de ajudá-lo, não querendo que mais um acabasse morrendo, lembrando de como os Noctis geralmente abandonavam as pessoas para trás, sempre se importando com a própria sobrevivência e respirando fundo, não querendo ser como os membros daquela família.
Abaixava a cabeça percebendo que não tinha trazido as próprias flechas, se xingando mentalmente por ter esquecido o conselho da mentora de sempre carregar algumas flechas consigo, mas não desistindo de ajudar, gritava para o rapaz enquanto começava a correr, procurando qualquer coisa ou alguém que pudesse auxiliá-los, embora soubesse que na certa, seria difícil ter mais pessoas por ali.*

- Eu vou tentar buscar alguma coisa ou alguém pra ajudar!

*Corria mas olhando para trás algumas vezes, querendo ficar para tentar dar algum auxílio, mas achando que naquele momento, mais atrapalharia do que outra coisa, mesmo assim, tentando achar algo que servisse para pelo menos afastar os lobos.*

Kaleb não percebeu o lobo correndo atrás da moça. 

Ele sentiu a dor das mordidas,  mas não se incomodou, já que era algo a qual ele estava acostumado a aguentar, fora o caso do dia anterior, ele tinha separado briga de bar várias vezes,  tomando os golpes de ambos os lados.

Ele puxou o braço mordido para levantar o lobo junto e ir com a mão no pescoço dele, para assim apertar com toda a força possível para quebrar o pescoço do animal.

Em seguida,  ele fez um esforço para firmar o pé mordido no chão e dar aquela bicuda potente no crânio do bicho, com toda a força que tinha. 

( eu tô assumindo que tomei dois hits, se quiser cobrar o hp das mordidas...)

Acertos : 2x 1d20
Dano : 2x [ 1d15 +4 + 6 +12]

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#1 'D20' : 11, 11

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#2 'D15' : 6, 9

*Corria pela trilha ignorando os galhos baixos que se enroscavam no cabelo dela, ou as raízes que precisava ficar pulando ou se desviando, tentando ver algo naquela névoa toda e ao mesmo tempo, estando preocupada com o rapaz que ficara para trás no meio de todos aqueles lobos.
Infelizmente não conseguia achar nada que a levasse de volta pro orfanato para pedir ajuda, ou alguma coisa que servisse para afastar os animais, para que o jovem tivesse tempo de pelo menos fugir.
Por causa da névoa, demorava para perceber que um dos animais havia a seguido, escutando as patas pesadas do lobo pisarem com força nas folhas e nas raízes, não tendo tempo de reagir, sendo atacada e sentindo as presas rasgarem a pele exposta do ombro, soltando um grito por causa da dor mas mesmo caindo graças ao peso que o lobo tinha, percebia que ainda segurava a chave do portão do orfanato na destra, além do próprio arco que deixara em volta do braço esquerdo enquanto cuidava do homem machucado.
As palmas das mãos eram arranhadas pela terra quando ela perdia o equilíbrio, mas ela não se importava, naquele momento sim precisava ter um pouco da força e determinação da família, mas acima de tudo, pensava no talismã que trazia no pescoço e sendo uma Wicca, pedia proteção mas se sentindo um pouco mal de ter que tentar atingir o lobo.
Não gostava de ferir os animais, mas naquele momento era a única saída para ela, se debatia e erguia a mão que segurava a chave pesada de metal, fazendo um movimento para trás querendo acertar o pescoço do lobo várias vezes, já que começou a repetir aqueles golpes, se virando com o que tinha ao alcance naquela hora. E torcendo para que isso pudesse tirar o lobo de cima dela, o tempo suficiente para que ela planejasse alguma coisa, já que o ataque tinha sido inesperado.*

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#1 'D15' : 13

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#2 'D20' : 11

Ao ouvir aquelas palavras,  Kaleb tremeu de excitação.  

"Ouviu isso, meu Pai ? Apareceu uma presa que talvez lhe agrade ainda mais!!"

O efeito da voz de seu deus sobre Kaleb era o suficiente para vê-lo como uma figura paterna que devia agradar,  para não perder como aconteceu com o primeiro,  mesmo sabendo exatamente quem era o deus que agora lhe dava forças.

-DESÇA DAÍ,  SERVO DO LOBO POIS EU VOU TE RASGAR QUE NEM ELE FEZ!!

Nisso Kaleb pegou um dos lobos pelas patas traseiras e o lançou com toda força na direção do cara.

Depois disso ele correu até a árvore na qual ele estava, e usando se toda a sua força,  a socou,  pretendendo usar toda a força do impacto e da árvore quebrando para atigir o homem.

Sua aura assassina estava ainda mais intensa.  E o seu jeito bruto de lutar deixaria bem claro àquele cara a que deus Kaleb servia.
( Teddy lembra o que isso aí faz)

Acerto: 2 x 1d20 +1
Dano : 2x [ 1d15+ 6+ 6 + 12 (24) ]

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#1 'D20' : 17, 17

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#2 'D15' : 11, 12